Já se passaram pouco mais de mil dias desde a detenção dos canadianos Michael Spavor e Michael Kovrig, na China. As famílias dos dois Michaels, em conjunto com amigos e apoiantes, marcaram uma marcha na manhã de domingo na capital canadiana, em Ottawa.
Michael Spavor e Michael Kovrig ainda estão detidos na China e as famílias dos dois canadianos assinalaram o evento que marcou mil dias desde a detenção dos ‘Two Michaels’.
A marcha decorreu na manhã do passado domingo na capital canadiana, em Ottawa, e contou com a presença da família, amigos e apoiantes dos dois canadianos.
A marcha saiu do Windsor Park e terminou no Major’s Hill Park. Aqueles que se juntaram foram incentivados a andar 7 mil passos – o mesmo número que a ex-mulher de Michael Kovrig, Vina Nadjibulla, diz serem dados na entrada e saída diária da cela onde estão atualmente detidos.
Centenas de pessoas reuniram-se no parque de Ottawa pela manhã, vestindo t-shirts brancas com o slogan #BringThemHome. Também já houve marchas de solidariedade noutras partes do mundo.
Kovrig, um ex-diplomata, e Spavor, um empresário que planeou uma viagem à Coreia do Norte, foram detidos em dezembro de 2018 após a detenção da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, em Vancouver. A prisão de Meng foi motivada por um pedido de extradição dos Estados Unidos, e o caso está ainda a aguardar decisão.
Os dois Michaels foram acusados de espionagem. Spavor foi recentemente condenado a 11 anos de prisão e Kovrig ainda não foi condenado após o encerramento do julgamento em março. O Governo canadiano manifestou publicamente que as detenções de Kovrig e Spavor foram politicamente motivadas, em resultado da detenção de Meng.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse, no passado domingo, que os EUA estão com o Canadá, pedindo que a China “liberte, imediata e incondicionalmente” os dois homens.