A mais recente versão do novo mapa judiciário, que ainda não é definitiva, aponta para o encerramento de tribunais em 22 localidades. Há uma redução significativa face à lista de 47 de há um ano, devido à instalação de 25 secções de proximidade,que não vão ter magistrados colocados mas assegurarão a realização de julgamentos e de todos os atos processuais necessários.
Assim sendo, e de acordo com a comparação entre a nova e a antiga versão, constata-se que, apesar da redução de fechos, os distritos de Viseu e de Vila Real continuam a ser os mais afetados, perdendo, cada um, quatro tribunais. As principais novidades são o encerramento em Mêda (Guarda) e a retirada desta lista dos tribunais de Oleiros (Castelo Branco) e Melgaço (Viana do Castelo). Por outro lado, várias localidades que estavam condenadas a ficar sem serviços de Justiça, como Pampilhosa da Serra, Arraiolos, Alcácer do Sal ou Golegã, entre outras, passam a secções de proximidade.
Para a elaboração da nova lista de encerramentos foi tido em conta não só o volume processual (menos de 250 processos por ano) mas também a distância da instância local mais próxima, as acessibilidades e a oferta de transportes públicos.
Recorde-se que a reorganização judiciária alarga a dimensão territorial das comarcas – passam de 231 para 23, coincidindo, quase na totalidade, com os distritos administrativos, exceto em Lisboa e no Porto. Cada uma das 23 comarcas, que serão geridas por um juiz, um procurador e um administrador judiciário, terá um tribunal central,que se desdobrará em secções especializadas, em instâncias locais e em secções de proximidade.
Quanto aos tribunais da Relação, mantêm-se os cinco existentes: Lisboa, Porto, Évora, Coimbra e Guimarães.
Já em relação ao Ministério Público, além dos seis DIAP existentes, em Lisboa, Coimbra, Évora, Porto, Aveiro e Sintra, são criados novos nos Açores, Braga, Faro, Leiria, Loures e Madeira.