MAIS VÍTIMAS DO REMÉDIO MALDITO

António Ramos pediu ajuda à Associação Portuguesa de Deficientes para iniciar processo judicial (CMTV)
António Ramos pediu ajuda à Associação Portuguesa de Deficientes para iniciar processo judicial (CMTV)
António Ramos pediu ajuda à Associação Portuguesa de Deficientes para iniciar processo judicial (CMTV)
António Ramos pediu ajuda à Associação Portuguesa de Deficientes para iniciar processo judicial (CMTV)

António Ramos, 62 anos, pode fazer subir para dez o número de vítimas portuguesas da talidomida. O homem, natural de Peniche, apresenta deficiências nas duas mãos e acredita que a sua malformação está relacionada com o ‘medicamento maldito’, receitado às grávidas, nas décadas de 50 e 60, para o combate aos enjoos. Acabou por se constatar que provocava graves deficiências nos bebés, afetando o desenvolvimento dos membros superiores e inferiores das crianças.
Até agora eram conhecidas nove vítimas da talidomida em Portugal, oito das quais já receberam indemnizações por parte da farmacêutica alemã responsável pela comercialização do medicamento.
Ana Pinto, de Beja, com deficiências nas pernas e nos pés, ainda reclama por justiça. A alentejana, de 51 anos, não foi reconhecida como vítima e trava, neste momento, uma batalha jurídica num tribunal alemão. A Ana Pinto junta-se agora António Ramos, que pediu ajuda à Associação Portuguesa de Deficientes e espera que se dê início a um processo judicial. A Direção-Geral da Saúde admite que possa haver mais vítimas por identificarem Portugal.