Lisboa, 17 set (Lusa) – Novas observações de uma galáxia anã, com o telescópio espacial Hubble, revelaram que se trata do mais pequeno conjunto de estrelas do Universo a ter, no seu “coração”, um buraco negro supermassivo, informou hoje a agência espacial europeia ESA.
A galáxia, a M60-UCD1, localiza-se a 50 milhões anos-luz da Terra e, apesar de o seu diâmetro ser muito pequenino, 1/500 do da Via Láctea, é muito compacta, tem muitas estrelas, cerca de 140 milhões, sendo que pelo menos um milhão delas poderiam ser vistas pelos humanos a olho nu caso vivessem na galáxia – por comparação, na Terra, apenas quatro mil estrelas estão visíveis.
A descoberta feita por uma equipa internacional de astrónomos, que é divulgada na edição de quinta-feira da revista científica Nature, mostra que a M60-UCD1 esconde um buraco negro com uma massa equivalente à de 20 milhões de sóis, que perfaz 15 por cento da massa total da galáxia e que pesa cinco vezes mais do que o buraco negro que existe no centro da Via Láctea.