

Um grupo de líderes proeminentes de Toronto exigiram conjuntamente na quarta-feira o fim da controversa prática policial de “carding”, noticiou a CTV Toronto.
O grupo, denominado de Concerned Citizens to End Carding, inclui três ex-presidentes de Toronto, o ex-vereador Gordon Cressy, e o ex-chefe de justiça do Ontário Roy McMurtry. Eles dizem que o “carding” tem levado alguns na cidade a desconfiar da polícia, e estão a pedir o fim da política.
O “carding” tem sido um tema quente em Toronto durante anos. Este permite que agentes policiais mandem parar aleatoriamente cidadãos na rua e gravem as suas informações pessoais. Os críticos da política, no entanto, alegam que o “carding” não é aleatório e tem como alvo determinados grupos.
O “carding” em Toronto tem estado em “pausa” desde janeiro, quando o ex-chefe de polícia Bill Blair colocou uma moratória sobre a prática. A política também foi alterada em abril, quando a Comissão de Serviços da Polícia de Toronto disse que os policiais não podem mais considerar “raça, local de origem, idade, cor, origem étnica, identidade de género, ou expressão de género” como uma razão para parar alguém.
O primeiro chefe negro da polícia de Toronto, Mark Saunders, já havia prometido acabar com o que chamou de “random carding”. Mas ele disse que acredita que esta pode ser uma ferramenta valiosa de policiamento. Em abril, após um discurso na Cimeira Afro-Canadiana, Saunders afirmou aos repórteres que ele não é a favor da eliminação do “carding”.
De acordo com o porta-voz da polícia Mark Pugash, a política de “carding” deverá ser retomada quando Saunders “decidir que é apropriado”.
No seguimento da exibição de unidade contra o “carding” na quarta-feira, o presidente John Tory defendeu que a política deve ser revista. Ele sublinhou que a prática como tem sido conduzida no passado não é aceitável.