
Maputo, 22 jul (Lusa) – O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, afastou hoje um cessar-fogo imediato nas confrontações militares entre o seu partido e as forças do Governo e disse que a questão só se colocará no fim das negociações entre as partes.
“Muitos falam de cessar-fogo, cessar-fogo é muito bonito falando dos escritórios, mas é muito difícil para quem está no mato, a disparar num confronto militar”, declarou Afonso Dhlakama numa entrevista concedida por telefone ao semanário Savana, referindo que não há ainda confiança para abandonar o seu atual refúgio, supostamente na serra da Gorongosa, centro do país.
“Se nós cessarmos fogo, significa que a guerra terminou. Mas como ainda não chegámos a um acordo, não nos reconciliámos, não nos entendemos, significa que, meses depois, voltaríamos ao conflito e estaríamos a dececionar o povo”, afirmou o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).