(Adrian Wyld / The Canadian Press)
O governo Liberal está a lançar uma política de assistência internacional que visa posicionar o Canadá como líder da igualdade de género no cenário mundial.
O plano, denominado Política de Assistência Internacional Feminista, investirá 150 milhões de dólares em cinco anos para ajudar as organizações locais nos países em desenvolvimento que estão a trabalhar para promover os direitos das mulheres. O dinheiro está incluído no atual orçamento.
Em 2021-22, pelo menos 80% da assistência internacional do Canadá visará o avanço da igualdade de género e o fortalecimento das mulheres e das raparigas.
Segundo Bibeau, a visão do governo passa por reduzir a pobreza global através de medidas que fortalecem mulheres e jovens meninas.
O plano promoverá uma melhor educação e formação, inclusão social, acesso ao financiamento, governação abrangente, nutrição melhorada e acesso à contraceção e aborto seguro para mulheres e raparigas.
Bibeau observou que neste momento, muitos países têm leis e práticas culturais que discriminam as mulheres.
A política foi anunciada pela primeira vez pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Chrystia Freeland, na terça-feira, durante o discurso da política externa na Câmara dos Comuns.
Boas notícias para agências de ajuda
O plano surge depois de uma revisão que incluiu 300 consultas em 65 países. O plano de ajuda do governo direcionará pelo menos 50% da assistência bilateral para os países da África subsaariana.
O anúncio de sexta-feira foi bem-recebido por várias organizações de desenvolvimento. Em comunicado, Michael Messenger, presidente e CEO da World Vision Canada, classificou o plano como “uma agenda nova ambiciosa”.
O MATCH International Women’s Fund e a Nobel Women’s Initiative afirmaram que o investimento em organizações de mulheres faz do Canadá um líder global no fortalecimento de mulheres.
Já a ONE Campaign, a organização internacional cofundada pelo cantor dos U2, Bono, expressou desapontamento por a mudança de política não vir acompanhada de mais dinheiro.
Fonte: CBC News