IRAQUE À BEIRA DA GUERRA CIVIL

IRAQUEOs extremistas islâmicos continuam a avançar para Bagdade, depois de tomar partes da cidade de Ramadi e a meio caminho da viagem para a capital, conquistou Fallujah, estando agora a cerca de 50 kms da capital iraquiana, a curta distancia do exército iraquiano, colocado com uma força de interposição a 30 kms do centro de Bagdade.

O governo iraquiano anunciou que já pôs em marcha o plano de segurança para proteger a capital do país.

O ultimo balanço aponta para 500 mil deslocados interno, também em execuções sumárias e extrajudiciais e há suspeitas de centenas de mortos em Mossul, cidade tomada já pelos rebeldes e onde entre as vítimas, estarão muitos civis que trabalhavam para a policia e para os tribunais.

Temendo um assalto a Kirkuk, as forças curdas aproveitaram para tomar o controlo total desta cidade petrolífera, que é disputada pela região autónoma do Curdistão e pelo Governo central iraquiano.

As ONG’s falam ainda de 16 georgianos raptados e apontam o dedo também às forças governamentais, acusando-as de excessos cometidos até em bombardeamento de áreas civis.

Já ontem, o Presidente dos Estados Unidos fez saber que está a analisar “todas as opções” para travar a escalada de violência que atinge o Iraque e o avanço fulgurante dos combatentes jihadistas em direção a Bagdade, numa declaração feita na Sala Oval, após uma reunião com o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.

Para Barak Obama, o que está em causa é garantir que esses jihadistas não se instalem de forma permanente no Iraque ou na Síria ou noutro local qualquer.

Alguns congressistas norte-americanos estão a pressionar Obama a autorizar ataques aéreos para apoiar o exército iraquiano contra os combatentes do Estado Islâmico no Iraque e no Levante.

Várias empresas dos EUA retiraram na quinta-feira os seus empregados de uma base aérea importante a norte de Bagdade, devido ao avanço de militantes islamitas, recolocando-os na capital iraquiana.

O pessoal norte-americano está contratado pelo governo do Iraque e a trabalhar em programas relacionados com os aviões de combate F-16, não estando na folha de pagamentos do governo do Presidente Barack Obama.

Na base aérea de Balad esteve um dos aeroportos mais movimentados do mundo e acolheu cerca de 36 mil norte-americanos antes de ser entregue ao governo iraquiano, em novembro de 2011.