INSTITUTO FRASER DIZ QUE O ENCERRAMENTO DAS FÁBRICAS DE CARVÃO DO ONTÁRIO NÃO REDUZIU MUITO A POLUIÇÃO DO AR

(J.P. Moczulski/Reuters)
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Os benefícios mínimos de fechar todas as fábricas a carvão do Ontário não justificaram o custo dos encerramentos, de acordo com um novo estudo do Instituto Fraser.
Os níveis de poluição do ar diminuíram ligeiramente como resultado do encerramento das fábricas em Toronto, Hamilton e Otava, mas a instalação de “depuradores” de poluição nas fábricas teria criado o mesmo efeito, de acordo com o estudo divulgado na terça-feira pelo grupo de especialistas.
O estudo, de autoria de Ross McKitrick e Elmira Aliakbari, nota especificamente que a redução da poluição em Toronto e Hamilton não foi “estatisticamente significativa” em relação ao fecho das fábricas de carvão. Eles citam a poluição industrial, as emissões de fábricas de gás natural e condições climáticas naturais como tendo um maior impacto sobre a poluição em toda a província.
O relatório do Instituto Fraser foi elaborado por economistas, que analisaram os custos e benefícios da remoção de carvão do sistema de produção de energia. Este aponta que os preços da eletricidade na província subiram devido ao encerramento das fábricas de carvão, algo que a primeira-ministra Kathleen Wynne também admitiu que levou a maiores custos de energia para os consumidores.
O Ministério da Energia do Ontário acredita que fechar as fábricas foi a decisão certa.
O porta-voz Dan Moulton aponta que elas eram “a fonte de incontáveis dias de poluição atmosférica”. Além disso, de acordo com Moulton, “fechar as fábricas significa … poupar mais de 4 mil milhões de dólares em despesas anuais de saúde”.
No entanto, a perspetiva do Instituto Fraser é que a quantidade de poluição causada por fábricas a carvão não foi significativa o suficiente para ver essas melhorias de saúde.
O carvão ainda é queimado para gerar cerca de 10 por cento da eletricidade do país.
Fonte: CBC News