
Há novidades sobre o inquérito público sobre a ingerência estrangeira no Canadá, em especial da China. As audições iniciais vão avaliar a confidencialidade das informações. Arrancam já no final do mês.
Um inquérito federal sobre a interferência estrangeira diz que as suas audições iniciais vão ajudar a tornar a informação pública, apesar de grande parte dela ter origem em documentos e fontes confidenciais.
Num aviso público, o inquérito avança que, os cinco dias de audições sobre segurança nacional e confidencialidade da informação arrancam a 29 de janeiro. Vão preparar terreno para as próximas audições públicas, que deverão ter lugar no final de março.
Espera-se que as audições de março se debrucem sobre as alegações de interferência estrangeira nas eleições federais de 2019 e 2021, com um relatório sobre estas questões previsto para 3 de maio.
Foi criado um endereço de correio eletrónico – conf@pifi-epie.gc.ca – que pode ser utilizado para enviar informações confidenciais.
Recorde-se que o Governo canadiano lançou oficialmente um inquérito público sobre a ingerência estrangeira, em particular da China, nas suas instituições eleitorais e democráticas, após vários meses de pressão por parte da oposição.
As relações sino-canadianas degradaram-se fortemente há cinco anos, quando o Canadá, a pedido dos Estados Unidos da América (EUA), procedeu à detenção da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou.
Dias depois, dois cidadãos canadianos, os chamados ‘two Michaels’ foram presos na China, o que foi então generalizadamente considerado uma medida de retaliação.
Embora essas três pessoas tenham depois sido libertadas, as tensões mantêm-se entre os dois países.
