
A rejeição de pedidos de residência permanente por motivos humanitários aumentou drasticamente nos últimos dois anos. Os dados são de acordo com informações do Departamento de Imigração canadiano.
O Governo canadiano tem recusado cada vez mais solicitações de residência permanente por motivos humanitários e de compaixão nos últimos dois anos.
De acordo com os dados que o Departamento de Imigração do Canadá forneceu à imprensa canadiana, a taxa de pedidos recusados após análise federal variou entre os 35% e 41% entre 2016 e 2019. E esses números não incluem os pedidos cancelados.
O Governo canadiano permite que algumas pessoas que não atendem aos critérios para residência permanente se candidatassem por motivos humanitários e de compaixão. Essas candidaturas são analisadas caso a caso e de acordo com diversos fatores, tais como adaptação ao país ou o melhor interesse das crianças.
Em 2020, a taxa de rejeição subiu para 57%, embora os quase 8 mil pedidos processados tenham aumentado apenas 11%. Um salto menor do que no ano anterior.
Já os números de 2021, contabilizados apenas até 28 de fevereiro, mostram que a taxa de pedidos recusados subiu para 70% dos mais de 4 mil pedidos processados nos primeiros dois meses do ano.
O Departamento de Imigração não se pronunciou sobre esses dados quando questionado pela imprensa canadiana sobre o aumento da taxa.
Segundo um especialista em trabalhadores migrantes, motivos humanitários e de compaixão são a única opção disponível para migrantes sem documentos que desejam pedir residência permanente no Canadá. Essa é, também, uma das formas de terem acesso à educação e a cuidados de saúde.
Além disso, o especialista acredita que o aumento da taxa de rejeição não está relacionado com a pandemia da Covid-19, explicando que, na verdade, o número de pedidos processados aumentou.
Ainda assim, o especialista não consegue apontar uma razão específica para uma maior recusa de imigração por motivos humanitários pelo Governo federal.
