GUINÉ RETOMA CAMPANHA ELEITORAL TERÇA-FEIRA, APÓS LUTO POR KUMBA IALÁ

guine bissauA campanha para as eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau é retomada na terça-feira e com várias alterações na agenda, depois de três dias de luto pela morte do antigo presidente Kumba Ialá.
O antigo chefe de Estado morreu na sexta-feira de ataque cardíaco, de acordo com a família, tendo sido suspensa a campanha eleitoral durante os três dias de luto, que terminam esta segunda-feira, a par da interdição de bailes e outras manifestações sonoras em locais públicos determinada por decreto presidencial, mas o funeral só se realizará após o ato eleitoral.
Os boletins de voto impressos na África do Sul chegaram ao país na quinta-feira e na sexta começaram a ser distribuídos pelas nove regiões do país, para as eleições gerais (presidenciais e legislativas) na Guiné-Bissau estão marcadas para domingo, 13 de abril, com 13 candidatos presidenciais e 15 partidos a concorrer à Assembleia Nacional Popular.
O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Augusto Mendes, reuniu-se com representantes dos agentes das assembleias do voto para lhes explicar os mecanismos dos seus pagamentos, uma vez que as duas partes não se entendem quanto aos valores que devem ser pagos aos agentes que prestarão serviço nas assembleias de voto para as eleições gerais (legislativas e presidenciais) de 13 de abril.
A CNE pretende pagar 35 mil francos CFA por cada presidente e secretário de assembleia de voto enquanto estes pedem 100 mil por pessoa. A CNE pretende pagar 25 mil francos CFA por pessoa aos dois escrutinadores de cada mesa, mas aqueles exigem 80 mil.
Os agentes de proteção das assembleias de voto (policias e elementos da Guarda Nacional) querem receber 50 mil francos enquanto a CNE diz poder pagar apenas 15 mil francos CFA por pessoa.
Augusto Mendes explicou aos representantes dos agentes que vão assegurar a votação que o orçamento já está concebido e coberto através de fundos disponibilizados pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo que é impossível muda-lo.
Alguns elementos presentes na reunião por parte dos agentes de votação ameaçaram não tomar parte nos trabalhos no dia das eleições por não concordaram com os valores propostos pela CNE.