
Mais uma polémica protagonizada pelo presidente norte-americano Donald Trump que neste fim de semana voltou a atacar o Canadá no twitter, com expressões bem mal-educadas. A reação irritada de Trump ocorreu após o encerramento da cimeira do G7 no Quebec.
O primeiro ministro canadiano, Justin Trudeau, em conferência de imprensa após o encontro de líderes, ao comentar o aumento da tarifa no aço e alumínio exportado para os Estados Unidos, disse que “os canadianos são educados, razoáveis, mas não serão intimidados.”
A resposta de Trump veio num twitter agressivo: “Com base nas declarações falsas de Justin na sua conferência de imprensa, e no facto de que o Canadá está a cobrar tarifas massivas para os nossos agricultores, trabalhadores e empresas dos Estados Unidos, instruímos os nossos representantes a não apoiar o comunicado enquanto analisamos os impostos em automóveis que estão a inundar o mercado dos Estados Unidos.
Logo a seguir outro twitter de Trump foi direcionado ao setor de laticínios: “O primeiro ministro Justin Trudeau, do Canadá, agiu de forma tão branda durante as nossas reuniões no G7, apenas para dar uma conferência de imprensa a afirmar que eu disse que as tarifas nos Estados Unidos eram insultantes. Trump foi ainda mais direto nas agressões virtuais: “muito desonesto e fraco – as nossas tarifas são em resposta às suas de 270% em produtos lácteos” disse referindo-se a Trudeau.
Na manhã desta segunda feira, já em Singapura para o encontro com o líder norte-koreano, Trump voltou a atacar Trudeau: “Justin fica magoado quando é chamado à atenção e acrescentou que a América não vai permitir mais que os amigos ou inimigos tirem vantagem do seu país em negociações comerciais. As ameaças de Trump de aumentar as tarifas nos automóveis deixou o mercado automobilístico em pânico, uma vez que 22% dos veículos vendidos nos Estados Unidos são produzidos no Canadá. O gabinete do primeiro ministro canadiano respondeu que Trudeau disse apenas o que já havia falado em público e em conversas privadas com Trump.
Doug Ford, premier eleito de Ontário, que já demonstrou apoio a Trump, também reagiu uma vez que a província será diretamente afetada se a ameaça se concretizar. Ford disse que está lado a lado com o primeiro ministro e o povo do Canadá e que o objetivo é proteger os empregos em Ontário.