
A greve que começou a 13 de março, feita por cerca de 13 mil professores na Universidade de Laval, no Quebec, terminou esta quinta-feira. Os professores votaram a favor de um acordo mediado por um conciliador da província.
O sindicato dos professores e a Universidade de Laval votaram a favor da proposta formulada pelo conciliador provincial do Quebec. Os professores regressam, assim, ao trabalho.
Cerca de 23 mil estudantes foram diretamente afetados pelas aulas canceladas.
O novo acordo prevê a contratação de 80 novos professores e aumentos salariais de 15% em três anos. De realçar que 92% dos professores foram a favor do acordo.
O Sindicato dos Professores da Universidade de Laval (SPUL) solicitava ainda a contratação de 100 novos professores.
“Quando olhamos para as especificações e os problemas que estávamos a tentar resolver, temos realmente a impressão de ter feito progressos significativos”, disse Louis-Philippe Lampron, o presidente do sindicato.
O líder sindical diz que a maior questão a resolver é o problema da sobrecarga de trabalho, já que a universidade de Laval foi a única do Quebec a perder professores nos últimos anos.
O instituto de ensino espera ter um plano detalhado sobre como compensar o tempo perdido em breve.
O último acordo coletivo dos professores da universidade expirou em maio de 2020. Em janeiro de 2021, as duas partes tinham assinado uma carta de acordo para a sua renovação até 1 de dezembro do ano passado.
Insatisfeitos com o progresso das negociações sobre a renovação do seu contrato de trabalho, os professores convocaram uma greve geral por tempo indeterminado no dia 13 de março.
As discussões com a entidade patronal tropeçaram principalmente na liberdade académica, sobrecarga de trabalho, contratação de novos professores e recuperação salarial.