Bissau, 08 jan (Lusa) – Uma mulher de 24 anos entrou no bloco operatório a esvair-se em sangue. Morreu em 20 minutos numa mesa de operações do Hospital Simão Mendes, em Bissau, vítima da urgência mais comum no país: um parto que requer cesariana.
Ia ter o primeiro filho, mas nem ela nem o bebé resistiram a uma viagem de centenas de quilómetros com uma hemorragia no útero, recorda Ramón Soto, o único anestesista de que o Estado guineense dispõe para satisfazer cerca de milhão e meio de habitantes.
Este é um dos casos com que justifica a importância da formação que está a decorrer de 35 técnicos em anestesia a distribuir pelas regiões – porque sem anestesia, não há cesariana, logo, os casos são encaminhados para Bissau por caminhos que, por vezes, mal servem para andar a pé.