
Lisboa, 29 set (Lusa) — O Governo rejeitou hoje “qualquer manipulação ou ocultação de contas” da Parvalorem, empresa gestora dos ativos tóxicos do ex-BPN, para que os prejuízos fossem menores em 150 milhões de euros.
O Ministério das Finanças explicou hoje num comunicado que “o registo contabilístico de imparidades é função de estimativas de perdas futuras em créditos existentes”, acrescentando que “as imparidades são avaliadas e validadas pelos auditores das empresas de acordo com os critérios definidos para o efeito e adequadamente refletidas nas contas”.
“Qualquer materialização ou não dessas perdas é sempre registada nas contas da Parvalorem no momento em que se verificam, com o correspondente impacto nas contas públicas, pelo que não há qualquer manipulação ou ocultação de contas”, declarou o Governo, depois de a Antena 1 ter noticiado que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, enquanto secretária de Estado do Tesouro, pediu à administração da Parvalorem que mexesse nas contas para que estas revelassem um cenário de perdas mais otimista do que o real, reduzindo os prejuízos reconhecidos em 2012.