
O anúncio foi feito pela secretária de estado da Igualdade, o executivo vai arrancar este ano com um programa de escolarização para mulheres idosas, em parceria com as câmaras municipais das regiões do país com maior incidência de analfabetismo feminino, para combater o fenómeno através da criação de cursos para idosas com baixa escolaridade.
A proposta feita no final do ano passado, está agora em fase de identificação de quem podem ser os parceiros nesse trabalho, avançou Teresa Morais, à margem do seminário “Envelhecimento e Violência”, a decorrer em Lisboa.
Segundo um levantamento realizado pelo gabinete da secretária de Estado da Igualdade, os distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda e Vila Real são os que apresentam a maior incidência de analfabetismo feminino. Concluindo a governante que as pessoas idosas mais violentadas são as que têm menos escolaridade, o que é “preocupante”.
A secretária de Estado acrescentou que dois terços das mulheres com mais de 85 anos têm escolaridade nula ou básica, o que significa que tem de haver um esforço suplementar na área da educação para combater esta situação.
Teresa Morais revelou ainda que outra medida em estudo, passa por levar a alfabetização às casas abrigo, que acolhem mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo que já estão a ser contactadas casas abrigo para identificar as que têm mulheres com este perfil.
Quando estiverem identificadas, arrancará um projeto-piloto com equipas de docentes que irão percorrer estes equipamentos.