GOVERNO AVANÇA COM MEDIDAS DE EMPREGO PARA JOVENS NO VALOR DE 1,3 M€

Pessoas sem conta no banco nem multibanco queixam-se do novo sistema da Segurança Social (Foto de Pedro Catarino)

Pessoas sem conta no banco nem multibanco queixam-se do novo sistema da Segurança Social (Foto de Pedro Catarino)

O ministro da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social anunciou hoje a criação, nos próximos dois anos, de 378 mil respostas de educação, formação, inserção e emprego para os jovens, num investimento de 1,3 milhões de euros.
Estas medidas fazem parte do Garantia Jovem, um programa europeu que vai ser um forte contributo para inverter o cenário atual em que se encontram muitos jovens, disse Pedro Mota Soares na Comissão da Segurança Social e Trabalho, adiantando que há atualmente mais 140 mil portugueses abrangidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional do que em 2011, num total de 596 mil pessoas.
Só o ano passado, houve um aumento de 49% das ofertas de trabalho, o que para o ministro, traduz um cenário de procura mais favorável para todos e um aumento de cerca de 44% das colocações dando nota de que a procura se tem conseguido ajustar mais à oferta e revelou uma semelhante evolução na formação profissional, cujo número de abrangidos cresceu 28% para cerca de 437 mil pessoas ou na reabilitação profissional, que cresceu 44% (18 mil abrangidos).
Sobre o desemprego, o ministro assinalou a diminuição da taxa em 2,2 pontos percentuais face a fevereiro de 2013, passando de 17,6% para 15,4%, “o que representa a maior descida do desemprego desde janeiro de 1984”.
No entanto, o deputado socialista Nuno Sá afirmou que num ano, a população ativa em Portugal reduziu-se em 66.800 pessoas, tendo a maior parte deles emigrado porque não tinha futuro no seu próprio país, concluindo que assim ao milagre dos menos 96.500 portugueses desempregados temos de subtrair 66.800 que emigraram.
Nuno Sá adiantou que num ano foram gerados 44.900 empregos no setor público entre o quarto trimestre de 2012 e o período homólogo de 2013, mas acrescentou que se a população empregada só aumentou 29.700 indivíduos então não acompanhou o ritmo de criação de emprego no setor público, o que significa que apesar do setor público ter criado 44.900 empregos, mesmo assim foram destruídos 15.200 empregos, acrescentando que a economia privada continua a destruir emprego.
Na resposta, o ministro afirmou que o mérito efetivo desta geração de postos de trabalho não é do Governo, é da economia, é dos empresários é dos trabalhadores.