GESTOR DEMITIDO ATACA MINISTRA

Silva Rodrigues (na foto) foi ouvido de manhã. À tarde os deputados ouviram João Vale Teixeira
Silva Rodrigues (na foto) foi ouvido de manhã. À tarde os deputados ouviram João Vale Teixeira
Silva Rodrigues (na foto) foi ouvido de manhã. À tarde os deputados ouviram João Vale Teixeira
Silva Rodrigues (na foto) foi ouvido de manhã. À tarde os deputados ouviram João Vale Teixeira

O ex-presidente da Carris e do Metro, Silva Rodrigues, lançou ontem duras críticas à forma como o Governo geriu o dossiê dos swaps e recorreu à ironia para dizer que só a Refer – onde a atual ministra das Finanças trabalhou como diretora financeira – “tomou boas decisões” nos contratos de derivados.
Ouvido na comissão parlamentar de inquérito, Silva Rodrigues não teve dúvidas em afirmar que a sua demissão, em junho, foi precipitada “por razões políticas”. Quando questionado sobre o facto de ter sido afastado do cargo por ter contratado swaps e o mesmo não ter acontecido a Maria Luís Albuquerque, o ex-líder da Carris foi perentório: “Houve uma coisa que percebemos todos. A Refer só tomou boas decisões”.
Em tom irónico, Silva Rodrigues disse que “só a senhora ministra é que terá a dizer quais foram os critérios” usados para distinguir os gestores que tomaram boas e más decisões.
O ex-gestor disse ainda que na reunião em que Maria Luís Albuquerque, à época secretária de Estado do Tesouro, lhe comunicou a saída da empresa pública, foi-lhe garantido que a demissão “não representava um julgamento do Governo”, mas servia para evitar que os gestores não tivessem “qualquer constrangimento” quando fossem chamados à comissão de inquérito. Silva Rodrigues considera, porém, que foi despedido sem justa causa.