A fabricante de cigarros Philip Morris, líder mundial da indústria de tabaco, anunciou que vai fechar em outubro a fábrica situada na Holanda e despedir 1.230 pessoas, alegando que a reestruturação impõe-se face à queda das vendas nos últimos quatro anos resultante da diversificação do consumo para produtos mais baratos, como o tabaco de enrolar.
A empresa considera que este é um anúncio difícil e foi precedido de longas reflexões e avaliações minuciosas de todas as opções disponíveis, mas o declínio das vendas, avaliado pela Philip Morris em 20%, também resultou do impacto negativo das políticas fiscais e de uma regulação excessiva, que criam um ambiente prolífico para as organizações criminosas envolvidas no contrabando de cigarros.
A fábrica de Bergen Zoom situada na zona sudoeste da Holanda perto do porto de Roterdão, é a maior fábrica do grupo em termos de capacidade de produção e a maioria dos cigarros que ali são fabricados destina-se à exportação para os mercados europeus e japonês.
Considerada a maior empregadora da região, a Philip Morris assegura estar consciente das consequências que a decisão terá nos empregados, nas respetivas famílias e na comunidade local e por isso garante que vai iniciar imediatamente um diálogo com os empregados e os representantes destes para desenvolver um plano social que ajudará os que serão potencialmente influenciados por esta intenção de terminar a produção de cigarros.
Este gigante da indústria do tabaco produz, entre outras, a marca Marlboro, a mais vendida em todo o mundo, e detém 16% de quota de mercado e é uma sociedade suíça de capitais norte-americanos, nascida da cisão das atividades internacionais do grupo norte-americano Altria em março de 2008 e atualmente a Philip Morris International emprega mais de 87.000 empregados em todo o mundo e dispões de 53 fábricas.