
Haia, 28 jan (Lusa) – O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo torna-se hoje o primeiro ex-chefe de Estado a ser julgado no Tribunal Penal Internacional, cinco anos após desencadear uma instabilidade política que causou 3.000 mortos.
A sua comparência em Haia é o culminar de agitação que assolou a nação africana quando Laurent Gbagbo se recusou a deixar o cargo, apesar de ter perdido as eleições de novembro de 2010 para Alassane Ouattara, seu rival de longa data.
A mulher de Laurent Gbagbo foi condenada a 20 anos de prisão em 2015, num julgamento em Abidjan, pelo seu papel nos acontecimentos e, agora, o ex-Presidente da Costa do Marfim enfrenta – tal como o seu aliado Charles Ble Goude – quatro acusações de crimes contra a Humanidade, devido ao plano de estender o seu mandato por 10 anos através de uma campanha brutal de assassinatos e violações.