Conheça a história de Lisa Pauli, de 47 anos. Esta mulher planeia recorrer à morte medicamente assistida no Canadá em março do próximo ano. Uma história que tem sido divulgada pelo mundo.
A história da canadiana Lisa Pauli já chegou aos quatro cantos do mundo. Com notas de destaque na imprensa portuguesa e até brasileira.
A canadiana de 47 anos que sofre de anorexia há décadas disse à imprensa canadiana que passava dias sem comer alimentos sólidos, tinha dificuldade em levantar-se da cama e não tinha forças para carregar as compras para casa sem parar para descansar.
A mulher, que pesa 41 quilos, foi hospitalizada duas vezes e tentou uma série de tratamentos diferentes para combater a doença, mas nada terá funcionado.
Embora Pauli sinta que está pronta para morrer, a lei canadiana ainda não permite a morte medicamente assistida. Pelo menos para já.
O Canadá legalizou este tipo de morte em 2016 para pessoas com doenças terminais e expandiu a lei em 2021 em casos em que existem condições incuráveis, mas não terminais. Só que a nova alínea só entra em vigor em março de 2024.
Os religiosos e defensores dos direitos das pessoas com deficiência disseram que o ritmo das mudanças planeadas na estrutura de morte assistida no Canadá traz riscos adicionais de pessoas que optam pela morte medicamente assistida, porque não conseguem aceder aos serviços sociais.
O ministro da Justiça do Canadá, David Lametti, rejeitou as críticas de que o país estava a agir rápido demais.
“Chegamos onde estamos devido a uma série de medidas prudentes”, disse Lametti. “Tem sido uma evolução lenta e cuidadosa. E tenho orgulho disso.”