

(YURI GRIPAS/REUTERS)
Barack Obama considerou ontem “completamente desnecessária” a crise política que deixou os EUA à beira da falência técnica e causou fortes prejuízos à economia. O presidente acusou a oposição republicana de “governar por meio de crises” e de sacrificar os cidadãos com jogadas políticas.
Obama falava um dia depois de o acordo de última hora que permitiu a reabertura dos serviços federais e aumentou o tecto da dívida dos EUA, evitando a falência técnica do país, ter sido aprovado no Senado por 81 votos contra 18 e na Câmara de Representantes por 285 votos contra 144.
Obama considerou o acordo um exemplo de colaboração que os partidos devem repetir: “Espero que todos tenham percebido que temos de garantir que os americanos não sofrem as consequências dos desacordos.”
Considerando que o braço de ferro pôs em causa a confiança dos cidadãos nas instituições, opresidente defendeu aurgência de “superar o hábito de governar por meio de crises”, e avisou: “Os americanos estão completamente fartos dos políticos.” A atitude da ala republicana mais conservadora, responsávelpelo bloqueio do Orçamento e pela demora na aprovação da subida do tecto da dívida, mereceucríticas no próprio partido. Osenador John McCain considerou que este foi “um dos capítulos mais vergonhosos” que já viu no Senado, e lembrou uma sondagem segundo a qual os norte-americanos culpam o Partido Republicano por uma crise que custou mais de dois mil milhões de dólares aos EUA.