Barack Obama ordenou o congelamento dos ativos de 7 altos responsáveis russos, incluindo o vice-primeiro ministro, horas depois de a UE ter feito uma ação semelhante. Para a Casa Branca, os dirigentes russos foram sancionados devido ao seu apoio ao voto na Crimeia para se separar da Ucrânia, tratando-se do maior pacote de sanções contra a Rússia desde o fim da Guerra Fria.Entre os altos responsáveis que viram congelados os seus bens nos EUA estão Dmitry Rogozin, vice-primeiro-ministro da Rússia, bem como a líder do Conselho Federal russo, Valentina Mativyenko. O conselheiro de Putin Sergey Glazyev, bem como o ajudante do presidente Vladislav Surkov, também estão entre os visados.
O Departamento do Tesouro também impôs sanções a quatro ucranianos, incluindo o ex-presidente Viktor Yanukovych, bem como aos líderes separatistas da Crimeia, região que ontem votou com 96,7% dos votos a favor a sua integração na Rússia e este anúncio dos EUA surgiu poucas horas depois dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE terem também anunciado o congelamento de bens e a proibição de entrada na Europa a 21 pessoas, 13 russos e 8 ucranianos, que estão “ligados aos problemas” na Crimeia, como o comandante da frota russa do Mar Negro, Alexandr Vikto, e o líder do governo da Crimeia, Serguey Axionov.
Os líderes europeus avisam também que podem tomar sanções mais duras, dependendo dos novos movimentos do Kremlin, sendo que se a Rússia não desistir do seu “desafio militar à Ucrânia” a UE irá suspender os acordos económicos com a Rússia e aplicaria embargos a sectores vitais para a economia russa, como o sector energético.
Moscovo não mostra qualquer sinal de perturbação com as medidas ocidentais, tendo o presidente Putin convocado para amanhã uma sessão especial do Parlamento para aprovar rapidamente leis que permitam a anexação da Crimeia.