EUA E 77 MIL BANCOS DE 70 PAÍSES JUNTOS NA LUTA CONTRA EVASÃO E FRAUDE FISCAL

euaO governo norte-americano revelou que mais de 77 mil bancos e outras entidades financeiras de todo o mundo, juntaram-se à luta dos EUA contra a evasão fiscal.
Essas instituições localizadas em 70 países, registaram-se para operar sob as novas regras fiscais para estrangeiros, que começam a vigorar a partir de 01 de julho.
A lei sobre o cumprimento fiscal pelas contas no estrangeiro exige que os bancos e as casas de investimento e outras entidades estrangeiras forneçam informação às autoridades dos EUA sobre contas possuídas por cidadãos ou empresas norte-americanas.
Se não o fizerem, o Departamento do Tesouro pode instituir uma taxa de 30% sobre pagamentos feitos à instituição financeira nos EUA, que no essencial corresponde a uma taxa sobre o negócio no país.
O Departamento do Tesouro adiantou que a maior parte das instituições das principais economias já tinha assinado o documento, 3 anos depois de se iniciar o programa de combate à fraude e evasão fiscal.
Na procura de formas de reduzir o seu défice orçamental e atacar a fuga fiscal, o governo dos EUA tem dirigido em particular os seus esforços, para paraísos fiscais, como a Suíça.
No último mês, por exemplo, o banco Credit Suisse foi multado em 2,6 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) por ajudar, ao longo de muitos anos, de forma ativa, cidadãos norte-americanos a evitar o pagamento de impostos.
O Credit Suisse foi no último mês, um dos 14 bancos suíços que estiveram sob investigação criminal do Departamento de Justiça norte-americano, por suspeita de ajudarem clientes ricos dos EUA a esconderem milhares de milhões de dólares em ativos das autoridades dos impostos.
Os países continuam a assinar o acordo e ainda em maio, o Liechtenstein, o pequeno paraíso fiscal europeu, estabeleceu um pacto antifraude fiscal com Washington para fornecer informação sobre contas detidas por contribuintes norte-americanos, mas o governo norte-americano esclarece que o acesso livre ao mercado de capitais norte-americano foi garantido pelo acordo, só que considera essencial para os fornecedores de serviços financeiros de qualquer país, ou paraíso fiscal.