Dois novos estudos estão a pôr em causa a eficácia dos sistemas de classificação no cinema e televisão, e levantam a questão dos jovens estarem demasiado expostos a imagens que descrevem sexo, violência e a glorificação do abuso de substâncias.
Um estudo, da Universidade da Pensilvânia, revelou que os filmes classificados como PG-13 continham tanta violência, sexo e uso de drogas e álcool, como os filmes classificados como inadequados para menores (R-rated).
O relatório constatou esta situação, nos filmes com maior êxito de bilheteira, num período de 25 anos, com 90 por cento dos filmes a retratarem personagens que agem violentamente. Em 77 por cento, as mesmas personagens estavam também envolvidas em sexo, álcool e/ou uso de drogas.
Os pesquisadores concluíram que os filmes estavam “potencialmente a ensinar aos jovens que a violência é tão aceitável quanto os outros comportamentos”.
Um outro estudo, do Parents Television Council, divulgado na segunda-feira, revelou que havia uma diferença marcante, quando se tratava de programas na TV generalista, comparativamente com populares séries da televisão por Cabo, como The Walking Dead e Breaking Bad.
Representações de estupro, assassinato e mutilação, receberam, regra geral, uma classificação TV-14 – “pais fortemente advertidos” -, na rede de televisão generalista, enquanto que cenas semelhantes na TV por cabo foram classificadas com um mais rigoroso TV-MA, apenas para um público maduro. O presidente do conselho de supervisão dos Media, Tim Winter, observou que não houve uma classificação TV-MA em programas televisivos, apesar de inúmeros programas exibirem níveis preocupantes de violência.