ESTUDO REVELA QUE REFUGIADOS E ALGUNS IMIGRANTES SÃO MAIS PROPENSOS A TER DISTÚRBIOS PSICÓTICOS

Um grupo racialmente diversificado de pessoas atravessa a rua em frente à Union Station em Toronto - 1 de abril de 2008. (JP Moczulski / The Canadian Press)
Um grupo racialmente diversificado de pessoas atravessa a rua em frente à Union Station em Toronto - 1 de abril de 2008. (JP Moczulski / The Canadian Press)
Um grupo racialmente diversificado de pessoas atravessa a rua em frente à Union Station em Toronto - 1 de abril de 2008. (JP Moczulski / The Canadian Press)
Um grupo racialmente diversificado de pessoas atravessa a rua em frente à Union Station em Toronto – 1 de abril de 2008. (JP Moczulski / The Canadian Press)

A experiência de se mudar para um novo país pode colocar os refugiados e alguns imigrantes em maior risco de distúrbios psicóticos, sugere um novo estudo.
O estudo, que foi publicado no Canadian Medical Association Journal na segunda-feira, comparou a taxa de distúrbios psicóticos na primeira geração de canadianos à taxa na população em geral do Ontário.
Constatou-se que os imigrantes do Caribe e refugiados da África Oriental e do Sul da Ásia têm um risco 1,5 a 2 vezes maior de distúrbios de esquizofrenia e esquizoafetivo. O estudo também descobriu que os refugiados têm um risco 25 por cento maior de distúrbios psicóticos, em comparação com outros imigrantes.
Por outro lado, o estudo sugere que os imigrantes do norte e sul da Europa e leste da Ásia tinham metade do risco de devenvolver um transtorno psicótico.
Paul Kurdyak, um dos autores do estudo, disse que os resultados correspondem aos resultados de estudos semelhantes em todo o mundo.
Pesquisadores do Instituto de ciências clínicas avaliativas e do Centro de Dependência e Saúde Mental rastrearam quase quatro milhões de pessoas, ao longo de 10 anos, para chegarem às suas conclusões.
Kurdyak disse que os resultados são substanciais dado que o Canadá recebe cerca de 250 mil novos imigrantes por ano. No Ontário, cerca de 30 por cento da população da província é de uma primeira geração.
Kurdyak indicou que uma combinação de fatores antes, durante e depois de se mudarem para o Canadá, pode afetar a saúde mental dos imigrantes.
Por exemplo, Kurdyak sublinhou que um imigrante qualificado, com posses, do norte da Europa pode experimentar menos stress psicológico do que um refugiado que tenha sofrido violência ou perseguição no leste da África.
Kurdyak salientou que o estudo mostra como os distúrbios psicóticos não são meros fenómenos biológicos, mas também são afetados por fatores sociais. Ele espera que o estudo pode ser usado na vida real para ajudar a lidar com questões de saúde mental no Canadá.
Fonte: CTV News