
O Canadá está atrás de vários países da OCDE em matéria de saúde. A conclusão é de um novo estudo. Um dos problemas no país é a escassez de médicos de família.
O Canadá fica atrás de outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no que diz respeito ao número de médicos em relação à população e às despesas com cuidados primários. A conclusão é de uma nova análise publicada no Canadian Medical Association Journal.
“Os sistemas de saúde com fortes cuidados primários têm melhores resultados, custos mais baixos e melhor equidade”, escrevem os autores do estudo. “Cuidados primários para todos: lições para o Canadá de países homólogos.”
O estudo adianta que “no início da pandemia da Covid-19, cerca de 17% das pessoas no Canadá disseram não ter médico de família”.
A análise revela que cada vez menos estudantes canadianos estão a especializar-se em medicina familiar. Além disso, muitos médicos de família licenciados optam por não exercer a especialidade.
Atualmente, 22% dos adultos no Canadá não têm um médico de família que possam consultar regularmente. Isso corresponde a mais de 6,5 milhões de pessoas.
Para resolver estes problemas, o Canadá deve olhar para outros países da OCDE com elevadas taxas de pacientes inscritos em clínicas de cuidados primários.
A análise sugere várias melhorias, nomeadamente vínculos contratuais mais fortes na saúde, pagamentos fixos e não por serviço e um maior investimento nos cuidados primários. Além disso, o
Canadá também precisa de mais médicos per capita.