

(RAFAEL MARCHANTE/REUTERS)
O FC Porto deu ontem um passo atrás na caminhada rumo à fase seguinte da Liga dos Campeões, ao perder em casa, por 1-0,como mais forte concorrente ao segundo lugar do Grupo G, tendo em conta que o Atlético de Madrid segue disparado, no primeiro lugar.
Um golo de Kerzhakov, a cinco minutos do final do jogo, castigou todo o empenho posto em campo pela formação azul-e-branca desde a expulsão de Herrera – na fase inicial do encontro – até ao derradeiro apito. Numa partida desigual, de dez contra onze quase a tempo inteiro (86minutos), o FC Porto não merecia de todo a derrota. Porque os seus jogadores correram mais, foram mais solidários e jogaram muito melhor como equipa. Do outro lado esteve um Zenit que viveu da capacidade individual dos seus jogadores e de Hulk, que mesmo sem marcar, acabou por ser o carrasco da sua antiga equipa. Primeiro porque foi ele que ‘expulsou’ Herrera, depois pela tensão permanente que deixou saudades no Dragão, e finalmente pela assistência para o golo que decidiu o vencedor do jogo.
O momento do encontro aconteceu logo aos seis minutos, quando Herrera foi expulso de uma forma absolutamente invulgar: viu um segundo cartão amarelo por sair da barreira (num livre) antes de tempo, isto breves segundos depois de ter levado o primeiro cartão por travar (então bem) uma correria desenfreada de Hulk. Uma infantilidade que haveria de custar caro, apesar de o FC Porto nunca se ter sentido diminuído, na crença e na atitude. Lucho, na primeira parte, e Varela, na segunda, atiraram bolas aos ferros, em lances que foram expoentes máximos da forma como os portistas deram o peito ao jogo. Mesmo correndo risco. Resta perceber até que ponto tanto esforço sem glória terá consequências no clássico do próximo domingo, frente ao Sporting.