ESPANHA MUDOU A ESTRATÉGIA DE COMBATE AO TERRORISMO NOS DOZE ANOS DESDE OS ATAQUES A ATOCHA

LusaMadrid, 25 mar (Lusa) – As autoridades espanholas detiveram mais de 650 jihadistas desde março de 2004, quando sofreu o maior atentado terrorista da sua história, resultado de um reforço da cooperação nesta área, nova legislação e experiência acumulada a lutar contra a ETA.

Ainda que habituado a décadas de luta contra o terrorismo basco da ETA – com altos e baixos no que toca a resultados – o Estado espanhol foi apanhado desprevenido a 11 de março de 2004, quando uma célula da Al Qaeda fez explodir vários engenhos em comboios que com destino à maior estação de comboios da capital, Madrid. Os atentados resultaram na morte de 191 pessoas (um outro agente polícia acabaria por morrer numa operação relacionada com a captura de suspeitos), centenas de feridos e constitui ainda hoje o maior atentado jihadista em território europeu.

Após o choque inicial, muita coisa mudou na abordagem de Espanha ao fenómeno do terrorismo. As forças de segurança e de serviços secretos reorientaram as suas estratégias, de uma abordagem (mais) convencional para fazer frente à ETA (que terminou em 2011 com o abandono da luta armada) para métodos mais inovadores.