A Caixa Geral de Depósitos (CGD) acumulou nos primeiros seis meses do ano um prejuízo global de 181,6 milhões de euros. Só em Espanha, o banco perdeu 90 milhões, metade do valor negativo alcançado por todo o grupo.
Na base destes resultados no país vizinho está, por um lado, a reestruturação do banco e, por outro, a necessidade de fazer provisões de operações de crédito. O financiamento à Pescanova está no rol dos créditos que obrigaram a um reforço da almofada de provisões.
Perante este cenário, e face às medidas impostas por Bruxelas no plano de reestruturação a que a CGD está obrigada, a administração vai agora ‘limpar’ os maus negócios do país vizinho através da criação de um ‘banco mau’, que concentrará os piores ativos, sabe o CM. Na prática, o banco vai concentrar a presença em Espanha na rede de balcões do Banco Caixa Geral e atirar para a sucursal da CGD no país as más operações financeiras, nomeadamente financiamentos sindicados e operações estruturadas que geraram elevadas perdas.