
A equipa do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mostrou o seu descontentamento com o derrube e o desfiguramento das estátuas da Rainha Vitória e da Rainha Isabel II em Winnipeg. O incidente aconteceu durante os protestos para o cancelamento do Dia do Canadá.
Atos de vandalismo, desfiguramentos e o derrube das estátuas de personalidades históricas do Canadá têm sido uma constante nos últimos tempos. E a equipa de Boris Johnson, o primeiro-ministro do Reino Unido, já veio mostrar o desagrado pelos incidentes.
Mais recentemente, as estátuas da Rainha Vitória e da Rainha Isabel II, em Winnipeg, foram vandalizadas, derrubadas e decapitadas durante as marchas do protesto ‘Cancel Canada Day’, no feriado do 1 de julho.
As estátuas estavam localizadas no recinto do Edifício Legislativo de Manitoba. A estátua da Rainha Vitória foi coberta de tinta vermelha e as mãos manchadas de encarnado antes de ser derrubada. A estátua da Rainha Isabel II também foi deitada abaixo no recinto do edifício do Governo.
Ambas as cabeças das esculturas das duas personalidades britânicas foram removidas e deitadas a um rio, mas foram recuperadas. O departamento da Polícia de Winnipeg já veio dizer que está a investigar os atos de vandalismo.
Os protestos e os apelos para cancelar o Dia do Canadá decorreram numa altura em que foram descobertas sepulturas não-marcadas nos terrenos de antigas escolas residenciais. Até aos primeiros dias de julho, registam-se mais de mil restos mortais de crianças indígenas encontrados em três escolas residenciais nas províncias de British Columbia e Saskatchewan.
Um porta-voz do primeiro-ministro britânico mostra o pesar pelas mortes das crianças da comunidade indígena e disse que a nação britânica está “envolvida nas questões indígenas”.
A estátua da Rainha Vitória está localizada no recinto da legislatura desde 1904. E esta não é a primeira vez que foi vandalizada. A junho de 2020, tinha sido encharcada com tinta branca.
Além disso, também as estátuas de James Cook, o primeiro explorador inglês a chegar à costa oeste, hoje denominada de British Columbia, de John A. Macdonald, ex-primeiro-ministro canadiano, e de Egerton Ryerson, o arquiteto das escolas residenciais, têm sido alvo de vandalismo e de pedidos de remoção.
