ENVELHECIMENTO E ESPERANÇA DE VIDA

Tanto no Canadá como em Portugal, a esperança de vida à nascença está acima dos 80 anos, tendo em conta a média entre mulheres e homens. Tudo isto significa que a população mundial tende a envelhecer, o que vai obrigar, a breve trecho, a profundas alterações em toda a estrutura social e económica, tal como existe.

Estima-se que, atualmente, cerca de 10 por cento da população mundial tem mais de 60 anos de idade e que no ano de 2050, essa percentagem de gente com mais de 60 anos aumente para o dobro, ou seja 20 por cento da população mundial. Mas todos os estudos apontam para que dentro de 50 anos, muito antes de acabar este século, existam mais idosos do que jovens.

O aumento da esperança de vida é cada vez maior, em consequência dos avanços científicos e dos cuidados impostos com a Higiene e a Segurança no Trabalho. Em apenas um século, a Humanidade ganhou 30 anos de esperança de vida, o que representa muito se compararmos com os dados disponíveis sobre envelhecimento humano nos últimos 5 mil anos. Grande parte do aumento da população mundial tem sido feito à custa do envelhecimento e não dos nascimentos, que embora significativos em zonas específicas da Terra, estão aquém do que tem sido proporcionado pela esperança de vida. Mesmo assim, somos 7,2 mil milhões.

O envelhecimento começou por ser um problema dos países industrializados e desenvolvidos. A nova estrutura socioeconómica assim determinou com todas as obrigações e regalias inerentes à vida moderna. Mas calcula-se que as mesmas preocupações cheguem aos restantes países menos ricos e em vias de desenvolvimento, até meio deste século, também devido aos avanços da sociedade, em parte impostos pela globalização.

Tudo isto implica que no futuro as pessoas terão de trabalhar até mais tarde, porque também começaram a vida laboral com mais idade. O modelo atual está a esgotar-se e, por isso, deveremos estar preparados para todas as alterações que isso implica. Dentro de poucos anos vamos assistir a essas profundas transformações e o mais importante será absorver as novas regras com a informação e o conhecimento necessários para evitar desgastes e dissabores.

Por agora, as mulheres vivem mais do que os homens sendo elas que engrossam, fortemente, as fileiras da população envelhecida. Mas nem sempre foi assim. Antes do século XX uma grande percentagem de mulheres morria na hora dos partos, por falta de assistência médica. Os avanços da medicina genética alteraram esta realidade e os resultados estão à vista: há muitos registos, em todo o mundo, de mulheres centenárias.

Como em tudo na vida, nada é igual. E até sobre esta matéria há muitas diferenças. O Japão é o País com maior expetativa de vida e os piores são um conjunto de países africanos, com a Serra Leoa em pior situação.

A Direção