

A tarde fria de sexta-feira Santa não arrefeceu a fé dos devotos cristãos que assistiram à representação das estações (ou passos) da Via Sacra.
A encenação anual das Estações da Cruz é liderada pela Igreja Católica de São Francisco de Assis.
O cardeal canadiano Thomas Collins, atual arcebispo de Toronto, presidiu à procissão.
Para os católicos e outros cristãos, o acontecimento é uma lembrança da morte e ressurreição de Jesus Cristo, com a procissão a narrar os momentos vividos por Cristo antes e depois da sua morte. Uma tradição de longa data no seio da comunidade italiana, e que a comunidade luso-canadiana não deixa de tomar também como sua.
No entanto, este ano ficou a ideia de que menos gente encheu as ruas envolventes à área da Little Italy, um dos pontos de passagem da procissão representativa da Paixão e Morte de Cristo.
Acompanhando a música melancólica e triste tocada pela banda Lira Nossa Srª de Fátima, fundada em 1970, as personagens encenaram os principais eventos – incluindo o chicotear de um ator a interpretar Jesus, que usava uma camisa rasgada coberta de tinta vermelha para se parecer com sangue.
Sem fugir à regra, o percurso circunscrito às ruas adjacentes contou com a participação de várias ordens religiosas e confrarias, e os andores com as imagens-símbolo que distinguem a manifestação de fé de muitos seguidores do Catolicismo Romano.
