EMIGRANTE MADEIRENSE HÁ 51 ANOS NA VENEZUELA APENAS REGRESSARIA NUMA SITUAÇÃO LIMITE

LusaFunchal, Madeira, 10 jul (Lusa) – Maria Fernandes, natural de São Roque do Faial, há 51 anos na República Bolivariana da Venezuela, afirma que, apesar das dificuldades por que passa o país, só uma situação “limite” é que a faria regressar à ilha da Madeira.

“Espero nunca ter que tomar a decisão de deixar definitivamente a Venezuela”, disse à agência Lusa, quando confrontada com a situação politica e económica do país de acolhimento, caracterizada pelo embate entre os partidários do atual governo de Nicolas Maduro e a oposição venezuelana, pela inflação alta, escassez e racionamento de bens de primeira necessidade e a falta de segurança.

Maria Fernandes, à semelhança de muitos madeirenses que na década de 1960 emigraram para os quatro cantos do mundo, partiu com a mãe, aos nove anos de idade, no navio Caribe C, para a República de Simon Bolívar, cumprindo, assim, o chamamento do pai que já se encontrava, há cerca de oito anos, estabelecido na Venezuela onde possuía uma “carniçaria”, conta.