
Muxúnguè, Moçambique, 12 mar (Lusa) – Entre Save e Muxúnguè, centro de Moçambique, os carros só passam quatro vezes por dia desde que as Forças de Defesa e Segurança montaram escoltas militares contra emboscadas na principal via do país, entretanto tornada em “estrada fantasma”.
A Lusa fez o troço de cem quilómetros entre Save e Muxúnguè, província de Sofala, tanto dentro da escolta militar como fora dela, numa estrada que evoca um cenário de guerra, exibindo seis viaturas queimadas, incluindo autocarros, lembrando o conflito político-militar entre Governo e Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), entre 2013 e setembro de 2014.
O cenário de destruição contrasta com dois novos blindados “golfinhos” e centenas de militares estatais estacionados em três posições estratégicas no troço para acudir à eventual eclosão de repetição dos ataques das últimas semanas e que têm sido atribuídos aos homens armados da Renamo, no âmbito da sua reivindicação de governar pela força nas seis províncias onde reclama vitória eleitoral.