
O antigo governador-geral do Canadá, David Johnston desaconselha um inquérito, mas pretende realizar audições sobre interferência estrangeira nas eleições federais. O relator especial afirma que vai realizar audições públicas sobre a questão ainda este ano.
Em março, o primeiro-ministro Justin Trudeau pediu ao antigo governador-geral do Canadá, David Johnston que conduzisse uma investigação sobre a extensão e o impacto da interferência estrangeira no Canadá, no meio de alegações de que a China se teria imiscuído nas duas últimas eleições federais.
“Existem sérias deficiências na forma como as informações são comunicadas e processadas desde as agências de segurança até ao governo, mas não foram identificados exemplos de ministros, do primeiro-ministro ou dos seus gabinetes que, consciente ou negligentemente, não tenham atuado com base em informações, conselhos ou recomendações”, afirma Johnston, designado como relator especial pelo governo.
O relatório afirma que existe uma “falta de responsabilidade” sobre quem recebe informações, uma situação que não é aceitável tendo em conta o atual ambiente de ameaça.
O relatório também concluiu, com base no acesso a documentos confidenciais e a agências de segurança, que as acusações específicas de interferência que dominaram a conversa política eram menos preocupantes do que os relatos dos media sugeriam.
David Johnston desaconselha um inquérito, mas pretende realizar audições sobre a interferência estrangeira nas eleições federais.
O trabalho de David Johnston deverá continuar até ao final de outubro, altura em que deverá apresentar um relatório final ao Governo.