

Os produtores nacionais vão continuar a perder cada vez mais volume de negócios com a recusa do Governo em descer a taxa do IVA na restauração. De acordo com um estudo interministerial encomendado pelo Ministério da Economia, o setor da restauração tem um Valor Acrescentado Nacional (VAN) de 82%, sendo aquele que mais produtos portugueses utiliza nos seus serviços.
Ainda de acordo com o mesmo estudo, o VAN da restauração ultrapassa de longe a média dos outros setores em Portugal, que se situa em 75%. O efeito recessivo da manutenção da taxa do IVA da restauração em 23%, não a reduzindo para 13%, vai afetar todo o setor produtivo.
São os relatores da equipa interministerial que o dizem: “O elevado conteúdo nacional” da restauração “torna a sua atividade relevante para outros sectores a montante” como é o caso da “produção de bens alimentares, de bebidas, de loiças ou de mobiliário”.
Estudos de mercado não oficiais realizados por entidades reconhecidas internacionalmente indicam que o aumento da taxa do IVA na restauração eliminou entre oito a nove mil pontos de venda em 2012, “num universo inicial de 80 mil pontos de venda”, o que representou “uma quebra de 10%” em relação a 2011.
Esta quebra repercutiu-se inevitavelmente este ano na produção nacional e irá continuar a sentir-se em 2014.