EDUCAÇÃO: PAIS PREOCUPADOS COM LIVRE ESCOLHA

Crato diz que novo modelo vai surgir em zonas onde faz sentido. VÍTOR MOTA
Crato diz que novo modelo vai surgir em zonas onde faz sentido. VÍTOR MOTA
Crato diz que novo modelo vai surgir em zonas onde faz sentido. VÍTOR MOTA
Crato diz que novo modelo vai surgir em zonas onde faz sentido.
VÍTOR MOTA

“Deixar a educação ao sabor do mercado é muito perigoso”, defende a Confap. Ministro garante que o Estado vai controlar “qualidade da oferta”.
A Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) coloca sérias reservas à introdução de um sistema em que as famílias são livres de escolher entre escolas públicas e privadas, com o Estado a financiar ambas as opções. O novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, aprovado quinta-feira em Conselho de Ministros, abre essa possibilidade já para o ano letivo 2014/2015.
“Se o Estado está disposto a financiar, tem de regular e garantir que não se vão criar escolas de elite. Deixar a educação ao sabor do mercado é muito perigoso, porque não salvaguarda a equidade e qualidade para todos. Caso isto avance, o privado não pode fazer seleção à entrada”, defende Jorge Ascensão, presidente da Confap, sublinhando que “se a ideia é entregar um cheque à família é preciso garantir que o dinheiro vai mesmo para a educação”.
O responsável rejeita que se “financie uma escola privada se houver uma pública vazia ao lado” e avisa que “só faz sentido falar em liberdade de escolha se houver igualdade de autonomia entre escola pública e privada”.
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, garante que as mudanças serão introduzidas de forma gradual e que o Estado atuará como regulador.