
Lisboa, 22 ago (Lusa) — A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou hoje que famílias na Libéria e Serra Leoa, países seriamente afetados pelo Ébola, estão a esconder doentes para evitar discriminação social, o que concorre para a subestimação do número de infetados.
Em nota divulgada na página da Internet, em que questiona “por que a eclosão do Ébola está a ser subestimada”, a agência da ONU refere que a magnitude do surto, especialmente na Libéria e Serra Leoa, estão a ser avaliada por baixo por inúmeras razões: muitas famílias escondem os familiares infetados em suas casas”.
“Como o Ébola não tem cura, alguns acreditam que será mais confortável para familiares infetados morrerem em casa”, enquanto “outros rejeitam a ideia de que tem um paciente com Ébola e acreditam que o cuidado numa enfermaria isolada – visto como uma incubadora da doença – vai levar à infeção e morte certa”, afirma a OMS.