2021 ainda mal começou e parece que já temos a sensação de que ainda não saímos da maldição de 2020! Em pouco menos de 15 dias, múltiplos eventos já aconteceram que nos fazem questionar se não começámos 2021 com o pé esquerdo.
A invasão por parte de apoiantes republicanos ao Capitólio em Washington D.C., nos EUA, deixou-nos incrédulos de como as coisas pela América não estão a correr tão bem a pouquíssimos dias da tomada de posse de Joe Biden.
Esta invasão em “defesa” de Donald Trump não veio favorecer a imagem da “White America”, que se mostra cada vez mais extremista. Este ataque, que causou seis mortes, inclusive de um polícia, levantou muitas questões sobre a forma como as unidades de segurança do país reagiram às invasões, e que se argumenta que caso os invasores pertencessem a grupos minoritários, o resultado alegadamente teria sido bastante diferente – e mais desastroso.
Ainda assim, ninguém ficou indiferente à indumentária que estes “protestantes” traziam vestida, que mais parecia uma paródia do Game of Thrones. Mas, fora de brincadeiras, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, considerou este triste episódio como “um ataque à democracia”. No caso da oposição, Erin O’Toole considerou um “assalto à liberdade e à democracia”.
Em Portugal, José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, denominou este incidente de “ataque de terror”. E, por falar em Portugal, os debates à presidência portuguesa também têm causado alguma polémica – especialmente com André Ventura. O político e presidente do partido de extrema-direita Chega tem dado que falar nas redes sociais pela sua postura nos debates, geralmente confrontativo e rebuscando “provas” ou palavras ‘clickbait’ – que “incriminam” – o adversário.
Mas Marcelo Rebelo de Sousa é provavelmente o único não lhe fica atrás, um grande adversário com uma ginástica mental capaz de acompanhar até o raciocínio mais intricado, quando a maioria ainda vai lá atrás. Enquanto isso, a província de Ontário, no Canadá, que ainda se encontra em ‘lockdown’, já ultrapassou o marco das cinco mil mortes a menos de 15 dias do início do ano. Há quem sugira que estes surtos são fruto dos alegados (e esperados) ajuntamentos da época natalícia e do ano novo. A distribuição da vacina – e Ontário tem duas disponíveis – necessita de ser mais rápida e chegar a mais pessoas. Não esquecendo que são duas doses e que são dadas com 21 dias de diferença.