DONO DE FARMÁCIA DO PORTO PAGA 56.250 EUROS A EX-FUNCIONÁRIA POR ASSÉDIO MORAL

LusaValongo, Porto, 02 jun (Lusa) — O proprietário de uma farmácia do Porto vai pagar 56.250 euros de indemnização à ex-diretora adjunta do estabelecimento por assédio moral (“mobbing”), após descobrir que ela pretendia engravidar, decisão alcançada após acordo no Tribunal do Trabalho de Valongo.

Entre 2012 e 2014, a farmacêutica – que entretanto foi mãe – alega ter sido insultada, humilhada, gozada pelo patrão e colegas e colocada, durante sete meses, sozinha na cave da farmácia onde não havia luz, ventilação, janelas ou cadeira e a fazer a contagem física de ‘stocks’ (encomendas com 17 quilos).

“A condenação de um empregador por assédio moral é um caso raro e excecional” afirmou hoje à Lusa o advogado Nuno Cerejeira Namora, que representava a ex-diretoria adjunta e é especialista em Direito do Trabalho.