O grupo Dollarama está a tomar os primeiros passos para aceitar cartões de crédito, quando se prepara para introduzir itens com preços mais elevados no próximo ano, com o retalhista de desconto a dizer que vai aceitar os cartões em mais de 80 lojas na Colúmbia Britânica a partir do início de 2016.
“O que estamos a procurar é melhorar a experiência de compra dos nossos clientes ao mesmo tempo que estimulamos mais vendas para compensar os custos”, disse o diretor financeiro Michael Ross.
Ele acrescentou que o projeto piloto ajudará a empresa a determinar o uso do cliente de cartões de crédito e se tem um impacto significativo sobre as vendas.
As vendas tendem a ser maiores quando são utilizados outros métodos de pagamento que não em dinheiro, mas isso também aumenta o custo para o comerciante, que normalmente deve rebater uma percentagem para o banco ou outro emissor do cartão.
O Dollarama não disse quais os cartões que seriam aceites nas suas lojas ou especificou a duração do projeto-piloto.
O mais recente teste de cartão de crédito, em 2010, terminou depois de 12 meses sem qualquer ação. O pagamento com cartões de débito tem crescido constantemente desde que o Dollarama começou a aceitá-los em 2008. Quase 47 por cento das vendas foram pagas com cartões de débito no terceiro trimestre, acima de 43,8 por cento no ano anterior.
Ross salientou, no entanto, que muita coisa mudou desde esse primeiro teste com cartão de crédito.
“Os clientes estão cada vez mais a usar as opções de pagamento que não em numerário, especialmente os clientes mais jovens que usam quase exclusivamente o plástico como método de pagamento.”
A Colúmbia Britânica foi selecionada para o projeto piloto, porque esta estava longe dos seus mercados principais no centro do Canadá e seria mais fácil lidar com se o projeto piloto falhar, disse o CEO Larry Rossy.
A transição para cartões de crédito acontece numa altura em que o grupo Dollarama anunciou planos para introduzir itens de $3,50 e $4 em toda a sua rede de 1.005 lojas no segundo semestre de 2016.
Os itens com preços mais elevados destinam-se a ajudar a empresa a ajustar-se ao impacto do dólar canadiano mais fraco. Rossy explicou que a introdução desses itens será lenta e não afetará produtos alimentares, que permanecerão no custo limite de $2.
Com uma quota reduzida de itens com preços em $1 ou menos, o Dollarama começou a utilizar $1,25 como seu novo preço de referência.
Durante o terceiro trimestre, 59,7 por cento das vendas vieram de preços acima de $1,25, em comparação com 54,1 por cento há um ano atrás.
Entretanto, a empresa superou as expectativas dos analistas com os lucros a subirem 37 por cento, para $100.1 milhões face aos $73 milhões um ano antes.
Fonte: Citynews