O primeiro-ministro do Ontário, Dalton McGuinty, numa foto de arquivo. (The Canadian Press/Michelle Siu)
Os documentos judiciais alegam que o partido Liberal do Ontário pagou $10.000 ao cônjuge de um dos principais assessores de Dalton McGuinty para limpar os discos rígidos de computador no gabinete do primeiro-ministro, avançou a Canadian Press na quinta-feira.
A alegação consta de documentos da polícia utilizados para obter um mandado de busca que foi executado em novembro num escritório de segurança cibernética do governo do Ontário, no centro de Toronto.
O mandado é parte de uma investigação da Ontario Provincial Police (OPP) em documentos apagados relacionados com a decisão dos Liberais em cancelar duas fábricas de gás antes da eleição de 2011, com um custo para os contribuintes de até $1,1 mil milhões.
O agente policial-detetive Andre Duval do departamento antifraude da OPP alega que o perito em informática Peter Faist recebeu um pedido da sua esposa, Laura Miller, “para limpar os dados pessoais de aproximadamente 20 computadores de secretária no gabinete do primeiro-ministro”.
Miller era a vice-chefe de pessoal de McGuinty, sob David Livingston, que está a ser investigado pela OPP por suposta quebra de confiança.
Nenhuma acusação foi formalmente apresentada, e Livingston tem insistido que ele não fez nada de errado. Os advogados que representam Miller e Faist disseram que eles também não fizeram nada de errado.
Os mandados de busca disponibilizados no mês passado procuraram as caixas de e-mail inteiras e cópias de segurança de Livingston e Miller, desde maio de 2012 até 11 de fevereiro, 2013, o dia em que Kathleen Wynne foi empossada como primeira-ministra, substituindo McGuinty.