DESENHADOR WILLEM DIZ QUE “AUTOCENSURA SERIA A MORTE DO CHARLIE HEBDO”

LusaParis, 07 jan (Lusa) – De sorriso nos lábios e copo de cerveja na mão, Willem, um dos colaboradores históricos do Charlie Hebdo, contou à Lusa que o semanário continua igual a si próprio e que não houve autocensura depois do atentado de 07 de janeiro de 2015.

“A autocensura seria a morte do Charlie Hebdo. Não a fazemos. A capa desta semana é uma espécie de declaração de vida para mostrar que continuamos a ser como éramos”, explicou o desenhador à Lusa, em referência à primeira página da última edição que mostra um rosto a olhar pelo cano de uma espingarda empunhada por um homem de barba preta e túnica branca.

À mesa de um café da Place Saint-Sulpice, em Paris, o “cartoonista” de 75 anos defendeu que o riso é a melhor resposta ao terrorismo e que se houver desenhadores com medo “o melhor é mudarem de profissão”.