Deixem a Ucrânia em paz!

Correio da Manhã Canadá

Putin quer fazer parte dos livros. Não lhe basta auto intitular-se líder eterno de um país gigante como a Rússia. Não precisava de mais. Lá está a ganância a falar mais alto e o mundo praticamente todo concorda: a Ucrânia não merecia. Aliás, ninguém merecia ver o estado de desolação e o banho de sangue que circula dia após dia nas televisões deste mundo fora. Sem contar que a internet triplica a dor de quem assiste. Vê-se mais, às vezes o que ninguém quer ver.

O pretexto dos ditadores segue sempre a mesma linha fútil. O exercício do poder político, para o fascista e italiano Benito Mussolini, deveria estender-se para todos os âmbitos da vida dos indivíduos, que deveriam estar ajustados à vontade dele próprio, como líder capaz de conduzir a todos rumo ao “triunfo da Itália”, enquanto nação e império. O partido Nazi de Adolf Hitler, tinha como principal objetivo a união dos alemães, a expulsão de estrangeiros e tornar a Alemanha um país poderoso. Os dois últimos estiveram em Grandes Guerras. O resto é história que infelizmente deve ser lembrada, para que não se repita. Infelizmente, a Guerra voltou à Europa.

O culpado mais recente: Vladimir Putin que está no poder russo, desde 1999, decidiu invadir a solitária Ucrânia, com medo de que esta nação se aliasse-se aos seus “inimigos” da NATO. “A Ucrânia não! Ainda por cima uma aliada histórica, passar para o lado inimigo?”, terá sido o pretexto de Putin.

Quão fúteis poderão ser mais os argumentos do líder russo que ainda sonha com a sua extinta União Soviética? De todas as formas e feitios ele tenta tirar “pedacinhos” à Ucrânia. Fê-lo com a Crimeia, em 2014, e com Donbass, em 2022. E envia militares, como se aquilo lhe pertencesse. O pior disto tudo é o que aí vem. Estejamos cientes, pois a guerra vai acabar. Não sabemos quando será. A NATO está à coca, apesar de não poder atacar. Não se pode arranjar pretexto para uma terceira guerra mundial. No entanto, os países da Aliança Atlântica estão a jogar com o que podem e ainda bem.

Putin pode até nem se importar muito, mas os seus conterrâneos já não dizem o mesmo. E enquanto isso, famílias, crianças, idosos e até os animais de estimação dormem no chão gelado do metro, aterrorizados com as explosões de uma guerra que ninguém quer. Pais despedem-se dos filhos e uma multidão corre para as fronteiras. Ainda às voltas com a luta contra um vírus mortal, o mundo assiste atónito ao início de uma nova guerra.

Deixem a Ucrânia em paz!