DÉFICE SOBE VINTE MILHÕES POR DIA

Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ontem na tomada de posse dos seus colegas de Governo
Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ontem na tomada de posse dos seus colegas de Governo
Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ontem na tomada de posse dos seus colegas de Governo
Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ontem na tomada de posse dos seus colegas de Governo

O Governo que ontem tomou posse tem pela frente um dos maiores problemas do País para resolver: o défice orçamental, que se fixou, nos primeiros seis meses do ano, nos 3845,7 milhões de euros, o que significa mais de 21 milhões de euros por dia.
Ainda assim, e de acordo com os dados da Execução Orçamental de Junho, o valor do défice fixado é inferior em 2154,3 milhões de euros ao limite acordado com a troika (seis mil milhões de euros). Note-se, contudo, que o valor atingido em junho é mais do dobro do registado em maio.
A correr bem está a receita fiscal, que subiu em junho 9%. Para este aumento global contribuiu decisivamente o desempenho em sede de IRS, que cresceu 38,8% (mais de 1,4 mil milhões de euros) nos primeiros seis meses do ano, face a período homólogo de 2012.
Claro que esta subida da receita fiscal se ficou a dever ao facto de o Governo ter aumentado o IRS, nomeadamente à aplicação de uma sobretaxa, o que equivale a um subsídio de Natal ou de férias, a cada trabalhador. Ao nível de reembolsos, o Estado devolveu menos 187,1 milhões de euros em IRS.
Nos impostos indiretos (cujas receitas totais caíram 128,7 milhões de euros), destaque para o IVA, que registou uma quebra de 0,8%, e para o Imposto Sobre Veículos, com menos 17,9%.
Estes dados foram revelados no dia em que foi publicado no Diário da República o Orçamento Retificativo, que traz novos cortes nos subsídios de doença (5%) e de desemprego (6%). Ontem, no final da tomada de posse, a ministra das Finanças, Maria
Luís Albuquerque, respondeu, quando questionada sobre as alegadas divergências com Paulo Portas: “Nunca tive divergências com o Sr. vice-primeiro ministro.”