
O Daesh assumiu a responsabilidade pelo tiroteio em massa este domingo na Danforth Av., mas a polícia de Toronto disse que não há “evidências” para apoiar a alegação.
A informação foi adiantada na manhã desta quarta-feira pela a agência de notícias do ISIS, a AMAQ, que se referiu ao atirador como “um soldado do Estado Islâmico” que “executou o ataque em resposta aos apelos dos cidadãos dos países da coligação”.
Algumas horas depois, numa declaração, o chefe de polícia, Mark Saunders, indicou que as autoridades continuam a ponderar “todas as hipóteses” e não há evidências que sugiram que o atirador tenha sido inspirado pelo Daesh.
“Nesta fase, não temos provas para apoiar estas reivindicações”, disse Saunders. “Informações precisas sobre esta investigação só serão divulgadas pelo Serviço de Polícia de Toronto.
Continuaremos a explorar todas as hipóteses, incluindo investigar aqueles que conheciam Hussain, rever a sua atividade on-line e analisar a sua saúde mental.
Regularmente o Daesh reivindica a responsabilidade por ataques realizados no Ocidente, mas nem sempre são encontradas provas que demonstrem que foram inspirados ou dirigidos pela organização terrorista.
O atirador, identificado como Faisal Hussain, de 29 anos, não estava em nenhuma lista de observação da polícia federal e não estão claras as suas motivações para o ataque.
Num comunicado, divulgado na segunda-feira, a família de Hussain disse que ele lutava contra “graves problemas de saúde mental” e “psicose”.
A polícia continua a investigar a proveniência da arma semiautomática que foi usada no ataque.
De acordo com uma fonte policial, os investigadores acreditam que o suspeito não possuía licença de uso e porte de arma e que esta foi obtida ilegalmente de uma fonte “relacionada com gangues” da cidade.
O massacre de domingo matou uma mulher de 18 anos e uma menina de 10 anos e outras 13 pessoas ficarem feridas.