CUIDADO COM A OBESIDADE

Cerca de 25% da população adulta do Canadá é obesa. Comparativamente, os Estados Unidos registam uma das mais altas taxas do mundo com cerca de 35% e Portugal fica-se pelos 15%. Mas para além destes valores de obesidade, e que são exagerados, há também um número elevado de pessoas que, não sendo obesas, apresentam excesso de peso.

Considera-se obesidade quando o índice de massa corporal (IMC) é igual ou superior a 30. Para melhor se perceber, o IMC é calculado com base no peso da pessoa, em quilos, a dividir pelo quadrado da altura, em metros. Por exemplo, uma pessoa que pesa 90 kg e mede 1,70 metros tem um IMC de 31,14. Então, já não se trata de excesso de peso, mas sim de obesidade.

Mas se há tempos atrás a gordura poderia significar formosura, hoje está provado, cientificamente, que a obesidade é uma das doenças que mais afeta a população mundial e que é responsável pela maioria dos casos de hipertensão, dos diabetes tipo 2 e da doença isquémica cardíaca. Os números são alarmantes e é urgente contrariar esta tendência.

É de pequenino que se começa e o grande mal vem daí. Em 2012, mais de um terço dos bebés com um ano já apresentavam excesso de peso ou obesidade. Significa isto que os pais proporcionaram aos seus filhos demasiadas proteínas, na sua maioria através do leite de vaca. Segundo os especialistas, o leite de vaca só deverá ser introduzido na alimentação dos bebés a partir dos 12 meses e em doses reduzidas. Acontece que essa prática é feita muito antes e a diversificação da alimentação nem sempre acontece como é aconselhável. A sopa deve ser o primeiro alimento a introduzir após o leite materno. Os legumes e a fruta são fortemente recomendáveis, mas os estudos científicos indicam que apenas metade das crianças cumprem esta regra.

É recorrente ver alguns pais felizes com as gracinhas dos seus filhos e a recompensa que lhes dão é um doce. Este gesto chega a ser diário e associado a todos os outros erros, as crianças atingem níveis de açúcar muito acima do recomendável.

Mais tarde, dizem os investigadores do Rush University Medical Center de Chicago, as pessoas barrigudas sofrem de diminuição de memória e de capacidade de aprendizagem. Para o bem de todos, há que moderar quantidades e apostar em refeições saudáveis.

A Direção