A riqueza gerada pelas empresas portuguesas caiu drasticamente desde 2006.O setor da construção é um dos mais castigados: os rendimentos gerados pela atividade não chegam, sequer, para liquidar os juros dos empréstimos obtidos.
Estas são as principais conclusões de um conjunto de dados sobre o tecido empresarial, revelados pela primeira vez pelo Banco de Portugal no seu boletim estatístico. De acordo com os números do regulador, os setores da construção, transporte e eletricidade e gás são os que apresentam níveis mais baixos de capitais próprios. O que permite concluir que são também aqueles com maior dependência do crédito: “Os financiamentos obtidos excedem, no período mais recente, metade do ativo desses setores”. A pressão financeira é de tal forma elevada que, no caso das empresas de construção, “O EBITDA gerado não excedeu os juros suportados”.
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